PROJETO
enCANTAR
O projeto “enCANTAR” na sua vertente pública é um concerto que junta em palco os músicos profissionais do Ensemble Contemporaneus, e as crianças e jovens coralistas do Coro Infanto-Juvenil de Lagos. Contudo, este projeto não se esgota nas suas apresentações públicas, tendo por um lado uma vertente de dinamização da música contemporânea portuguesa, com o comissionamento de uma nova obra para coro infanto-juvenil e ensemble instrumental ao compositor Eurico Carrapatoso, bem como através da reposição em palco da obra comissionada anteriormente pela Contemporaneus, “A Mãe que chovia”, ao compositor Pedro Louzeiro, para ensemble instrumental e narrador a partir do conto homónimo de José Luís Peixoto. Este projeto tem também a particularidade de parte do trabalho criativo ter sido desenvolvido por crianças e jovens de Lagos, quer como intérpretes do coro, quer como criadores dos textos a usar na nova composição encomendada a Eurico Carrapatoso.
EQUIPA ARTÍSTICA
EURICO CARRAPATOSO, (compositor de LAGOS-LEGOS): Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Iniciou os seus estudos musicais em 1985, tendo sido aluno de composição de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima e Constança Capdeville. Concluiu em 1993 o curso superior de composição no Conservatório Nacional com Jorge Peixinho. Leccionou na área da composição em várias instituições, nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra. É professor de Composição no Conservatório Nacional desde 1989. Recebe regularmente encomendas de instituições nacionais e estrangeiras da área da cultura e a sua música tem vindo a ser executada, editada e difundida desde 1992 na Europa e nos restantes continentes. Fundou vários prémios de composição tais como o Prémio Jorge Peixinho, o Prémio 2ª Escola de Évora / Eborae Mvsica e o Prémio Dom Dinis. Integra regularmente o júri do Prémio de Composição da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua música representou Portugal três vezes na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO realizadas em Paris com as obras Cinco melodias em forma de Montemel, em 1998, Deploração sobre a morte de Jorge Peixinho, em 1999, e O meu poemário infantil, em 2006. Ganhou as primeiras edições do Prémio de Composição Lopes-Graça (1997) e do Prémio Francisco de Lacerda (1999). Em Maio de 2001 foi distinguido pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal com o Prémio da Identidade Nacional. Em 10 de Junho de 2004 foi condecorado com as insígnias de comendador da Ordem do Infante Dom Henrique pelo Presidente Jorge Sampaio. Em Maio de 2011 foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida. Venceu o Prémio Melhor Trabalho de Música Erudita da Sociedade Portuguesa de Autores em Março de 2017. Em Outubro de 2021 ganhou a primeira edição do Prémio Alumni - Universidad de Salamanca “Jesús García Bernalt” . Venceu o Prémio DASCH-Schostakovich Ensemble em Novembro de 2021.
PEDRO LOUZEIRO (compositor de A MÃE QUE CHOVIA): compositor, nasceu em 1975, em Lagos, Portugal. Actualmente, é finalista de Doutoramento na Universidade de Évora, onde leva a cabo uma investigação sobre temáticas subordinadas à interacção entre solista e ensemble mediada por sistemas tempo-real com recurso a notação dinâmica, sob orientação dos Professores Doutores Christopher Bochmann e António de Sousa Dias. Foi-lhe atribuída uma Bolsa de Doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Concluiu o seu Mestrado em Composição em 2013, na Universidade de Évora, e a sua Licenciatura em Formação Musical em 2002, na Escola Superior de Música de Lisboa. Realizou diversas performances com o sistema “Comprovisador”, que desenvolve no âmbito do seu doutoramento, tendo apresentado o seu trabalho em conferências internacionais, tais como: Sound and Music Computing (SMC2016, Hamburgo, Alemanha, e SMC2018, Limassol, Chipre), Computer Music Multidisciplinary Research (CMMR2017, Matosinhos), Internacional Computer Music Conference (ICMC2017, Xangai, China) e International Conference on Technologies for Music Notation and Representation (TENOR2018, Montréal, Canadá). Foi distinguido com o 2º Prémio no IIº Concurso Internacional de Composição para Guitarra “Goffredo Petrassi” (Roma, Itália, 2012), e com Menções Honrosas no Xº Concurso Internacional de Composição “Carl von Ossietzky” (Oldenburg, Alemanha, 2010) e no IV Prémio Internacional de Composição “Fernando Lopes-Graça” (Cascais, 2014). Da sua obra, destaca-se ainda um concerto para trompete e orquestra de sopros intitulado “Proclamação” – uma obra encomendada para assinalar o Centenário da República Portuguesa, estreada no Centro Cultural de Lagos e realizada no Centro Cultural de Belém, e também o poema sinfónico “Água – a Seiva da Terra” – obra encomendada para comemorar o Dia Mundial da Água, estreada no Teatro das Figuras, em Faro.
VERA BATISTA (Direção Musical): Mestre em Direcção Coral pelo Instituto Piaget de Almada na classe de Paulo Lourenço e licenciada em Música - área específica de Piano e Música de Câmara pela Universidade de Évora na classe de Elizabeth Allen (Piano), e João Vale (Música de Câmara). Trabalhou no âmbito da direção, para além de Paulo Lourenço, com António Vassalo Lourenço, Teresita Gutierrez, Cara Tasher, Eugene Rodgers, Jean Sebastiaen Béreau, Paul Caldwell, Stephen Coker e José Luís Borges Coelho. No piano com Álvaro Teixeira Lopes e ao nível do canto com Rute Dutra, Sandra Medeiros, Liliane Bizinechi, Ghislaine Morgan e João Lourenço. É Directora musical do Grupo Coral de Lagos, do Coro Infanto-Juvenil de Lagos, do Grupo Coral da Sociedade Filarmónica Silvense e foi Directora musical do Coral Ideias do Levante. É membro fundador e pianista do Ensemble Contemporaneus onde trabalhou com os maestros Pedro Amaral, Christopher Bochmann, Roberto Perez e João Paulo Santos. Enquanto maestrina convidada dirigiu as óperas Così fan tutte de W. A. Mozart e Rita de G. Donizetti e estreou as obras Rainha das Neves de Rogério Medeiros e A mãe que chovia de Pedro Louzeiro. Foi também directora musical das obras teatro/musicais Jardins do Passado e Reunião de Protesto de Neusa Dias. Colaborou como directora musical com o grupo de teatro The Algarvians nas peças Honk – The musical, Robin Hood and the babes in the wood e Robinson Crusoe e colaborou em concerto em 2019/20 com o músico Rodrigo Leão no projecto musical O Método. Apresentou-se em várias salas de espetáculo em Portugal, Espanha, Bélgica, Itália, Holanda e Eslovénia.
- ENSEMBLE CONTEMPORANEUS
- CORO INFANTO-JUVENIL DE LAGOS
- NARRADOR - NEUSA DIAS
- CENOGRAFIA - TIMO DILLNER